... e eu aceitei a oferta...
quarta-feira, 14 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Acabaram as fichas
Obrigada pelo passeio! Foi bom!
Agora vou parar um bocadinho dentro de mim, não vale a pena andar às voltas, mesmo que fosses ELE!
Não és ELE... mas foste uma boa companhia! Fizeste muito bem o teu papel! Gostei de ti, gosto de ti, gostarei de ti!
Mas dentro de mim ainda há mais ELE do que eu... quando eu for só EU voltamos a passear!
Agora vou parar um bocadinho dentro de mim, não vale a pena andar às voltas, mesmo que fosses ELE!
Não és ELE... mas foste uma boa companhia! Fizeste muito bem o teu papel! Gostei de ti, gosto de ti, gostarei de ti!
Mas dentro de mim ainda há mais ELE do que eu... quando eu for só EU voltamos a passear!
Que importa?
E declamaste, no seguimento da apresentação teatral! que saudades do teatro... que saudades do palco... que saudades dos sonhos!
E foste tu nas tuas palavras, aquelas que te escrevi, antes de ser Lia, antes de ser Esfinge, antes das horas!
"Quem és?", não o sabia, continuo sem o saber, sem te saber!
... e transformo sempre em sonho o que te dou...
E foste tu nas tuas palavras, aquelas que te escrevi, antes de ser Lia, antes de ser Esfinge, antes das horas!
"Quem és?", não o sabia, continuo sem o saber, sem te saber!
... e transformo sempre em sonho o que te dou...
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Audição
O som daquela palavra arrepiou-me - INSPIRAS-ME!
- Eu também! - também gosto de te fotografar o sorriso, sem máquina, para que dance com as cores, ao som desta música que embala o tempo!
Aqueles momentos estavam repletos de música, primeiro o embalo do som do mar, faltava o silêncio espaçado da chuva a cair, mas havia as fontes, o eco dos nossos passos!
Ouvi a minha inspiração lenta e profunda, depois ouvi a tua, o flash ... gostava que um dia me guardasses os silêncios olhados em fotografias, a preto e branco, claro, para que só nos fique na memória o tilintar das cores que dançam, livres!
O restolhar das sombras, a cadência da pedra na tua mão - tudo era música! O grito do semáforo e dos pássaros do jardim, como um só... a tua voz a dizer as minhas palavras:
- Às vezes gosto de falar sobre coisas sérias. Sabes, eu no fundo não sou quem pareço ser, é apenas uma máscara - roubei-te a pedra da mesma forma que me tinhas roubado o pensamento e voltei a ser menina, sem máscara, sem medo! Tirei as botas, não resisti a jogar descalça, reparaste nas meias! Sorri...
- Eu também! - também gosto de te fotografar o sorriso, sem máquina, para que dance com as cores, ao som desta música que embala o tempo!
Gosto da poesia no som da tua voz, gostei de te ouvir dizer que me tinhas feito um poema, surpreendi-me, não gostas de escrever! Fiquei curiosa, sou curiosa! E a minha curiosidade sai-te dos bolsos em melodias de espanta-espiritos de chaves e moedas ... e um flash de há muito tempo, andas comigo no bolso! Eu guardo-te em local mais recatado ... no amarfanhado do papel que desembrulhas, porque te INSPIRO!
Encosto o meu ouvido ao teu peito, para te sentir pulsar de ânsia enquanto me perguntas se gostei...
Se gostei!!!
- Podias dizer aquele poema ... o que me saiu dos dedos e num bramir suave te pousou nos olhos!
terça-feira, 6 de maio de 2008
É hoje, é amanhã!
Entrei no duche, gosto de duches longos em dias de boas energias, nos outros prefiro banhos demorados. Deixei a imaginação correr ao sabor da água durante longos minutos... saí, sequei-me demoradamente entre mimos e carícias, a toalha está macia!
A roupa já estava escolhida: as meias que gostas, os jeans mais velhinhos, são confortáveis, nem os sinto, e a camisola preta a assentar como uma luva por cima da pele nua, sei que gostas de me ver de preto! Calcei as botas a pensar porque terias escolhido a estação de metro, ainda por cima do outro lado da cidade, sabes que gosto de andar de comboio, talvez tenha sido por isso!
Penteei o cabelo e saí com ele ainda molhado, não pus perfume, sei que gostas do meu cheiro doce e selvagem!
Entrei no metro e saí do metro, como se a viagem não tivesse acontecido!
Estavas encostado ao pilar, a fumar demoradadmente, ainda mais demoradamente, mais um cigarro! Fingi que não vi, dei-te tempo. Sei que gostas de me observar, sabes que gosto de ser observada, só não gosto de o admitir! Quis saber quanto tempo resistirias a vir ao meu encontro!
A roupa já estava escolhida: as meias que gostas, os jeans mais velhinhos, são confortáveis, nem os sinto, e a camisola preta a assentar como uma luva por cima da pele nua, sei que gostas de me ver de preto! Calcei as botas a pensar porque terias escolhido a estação de metro, ainda por cima do outro lado da cidade, sabes que gosto de andar de comboio, talvez tenha sido por isso!
Penteei o cabelo e saí com ele ainda molhado, não pus perfume, sei que gostas do meu cheiro doce e selvagem!
Entrei no metro e saí do metro, como se a viagem não tivesse acontecido!
Estavas encostado ao pilar, a fumar demoradadmente, ainda mais demoradamente, mais um cigarro! Fingi que não vi, dei-te tempo. Sei que gostas de me observar, sabes que gosto de ser observada, só não gosto de o admitir! Quis saber quanto tempo resistirias a vir ao meu encontro!
Dez minutos, dez minutos a sentir o flash dos teus olhos em fotografias sequenciais, folheei o teu album imaginário, senti-te o cheiro e tinha as mão irrequietas de ti, a procurar-te a pele nas pontas do cabelo, no bolso das calças, na carteira - dez minutos é muito tempo!
Não resisti á tua capacidade de resistência, estava pronta a virar-me e a oferecer-te mais um daqueles sorrisos que não precisam de embrulho para que o recebas como um presente! E então foi perfeito - ele tinha um casaco igual ao teu, era ligeiramente mais baixo, o cheiro dele era completamente diferente e o tom do cabelo ligeiramente mais claro, mas era perfeito!
Aproximei-me dele a passos largos, na encenação perfeita da urgência do encontro, sabia que à distância que estavas me podias ouvir, então perguntei-te a olhar para ele:
- Amanhã, já é hoje? - e a tua respiração parou, e o teu corpo moveu-se, e eu senti ainda melhor o teu cheiro - Desculpe, confundi-o com ele! - e quase me denunciei olhando na tua direcção para explicar aos olhos desconhecidos quem era "ele", mas parei a tempo - Desculpe, com outra pessoa!
E senti-te os passos nas minhas costas, enquanto palavras que não ouvi saiam da boca do estranho, senti o teu calor na minha pele antes de me tocares e arrepiei-me, sei que o sentiste! Sabias que eu sabia que estavas lá...
- Esta menina está a incomodá-lo? - disseste, atrás de mim, e a tua mão tocou-me a pele, como que atravessando a camisola.
- Gosto do seu casaco! - e o estranho julgou que te confundi, e tu julgaste que te confundi, e eu fiquei confusa...
Bati-te ao de leve na perna, um castigo suave para o facto de me achares capaz de te confundir!
Enquanto fugiamos dali senti-te a voz entre o cabelo e o pescoço.
- Amanhã já é hoje?
- Não sei, o relógio parou... - respondi, procurando as horas no fundo dos teus olhos!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
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