domingo, 28 de setembro de 2008

Quando é assim...

"Há uma mulher que mexeu comigo no passado, para quem eu estaria disponivel sempre que ela quisesse, sim é amor."

Ouvi-lo é erótico, mesmo sem ser ela, senti-lo, sendo ela, deve ser maravilhoso!

Mais uma vez parabéns puto, amar é uma qualidade cada vez mais rara!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Vertigem

Deixa-me na queda,
que vou sózinha!
todo o prazer que tenho
o quero só p'ra mim

porque eu sou a moeda
cara, coroa, rainha
a dona do jardim
senhora do empenho

da India especiarias
de África os aromas
em mim eu tenho o mundo

oceano que sacias
felino que não domas
mistério tão profundo!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A volta grátis

E as memórias trouxeram-me aos ouvidos os sons do teatro, ouvi as pancadas ao longe, e a ansia de entrar em cena foi tal que caí, mas foi uma queda artistica! E depois o ai, dói, dói, em resposta às cócegas que as tuas mãos me faziam e que eu sentia muito mais do que a dor! E continuei com o teatro do dói dói, até ouvirmos, acho que os dois ao mesmo tempo, a rodopiante musica do carrosel!
E fiquei parada, petrificada a olhar, a ver todas as figuras a passarem, umas atrás das outras na circularidade do tempo!
Ouvi-te chamar, ouvi o senhor do carrossel chamar, e ia jurar que até o teu cavalo branco chamou por mim! Tinha mil olhos em mim! E continuava parada, ainda hipnotizada pela musica, e pelo cavalo que passava, e passava, e passava...
Mais devagar, mais demorado, mais lento ... como dois corpos entregues à exaustão do suor, mais lento, mais saboreado, mais sentido, mais profundo!
Saltei, sem suster a respiração, sem temer a queda e sem saber porque!
Talvez agora o carrossel acelere e eu me sinta tonta na vertigem!
Talvez me escape dos lábios um inaudível "não páres!"

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mais uma voltinha...


... e eu aceitei a oferta...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Acabaram as fichas

Obrigada pelo passeio! Foi bom!

Agora vou parar um bocadinho dentro de mim, não vale a pena andar às voltas, mesmo que fosses ELE!

Não és ELE... mas foste uma boa companhia! Fizeste muito bem o teu papel! Gostei de ti, gosto de ti, gostarei de ti!

Mas dentro de mim ainda há mais ELE do que eu... quando eu for só EU voltamos a passear!

Que importa?

E declamaste, no seguimento da apresentação teatral! que saudades do teatro... que saudades do palco... que saudades dos sonhos!

E foste tu nas tuas palavras, aquelas que te escrevi, antes de ser Lia, antes de ser Esfinge, antes das horas!

"Quem és?", não o sabia, continuo sem o saber, sem te saber!

... e transformo sempre em sonho o que te dou...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Audição

O som daquela palavra arrepiou-me - INSPIRAS-ME!

Aqueles momentos estavam repletos de música, primeiro o embalo do som do mar, faltava o silêncio espaçado da chuva a cair, mas havia as fontes, o eco dos nossos passos!

Ouvi a minha inspiração lenta e profunda, depois ouvi a tua, o flash ... gostava que um dia me guardasses os silêncios olhados em fotografias, a preto e branco, claro, para que só nos fique na memória o tilintar das cores que dançam, livres!

O restolhar das sombras, a cadência da pedra na tua mão - tudo era música! O grito do semáforo e dos pássaros do jardim, como um só... a tua voz a dizer as minhas palavras:

- Às vezes gosto de falar sobre coisas sérias. Sabes, eu no fundo não sou quem pareço ser, é apenas uma máscara - roubei-te a pedra da mesma forma que me tinhas roubado o pensamento e voltei a ser menina, sem máscara, sem medo! Tirei as botas, não resisti a jogar descalça, reparaste nas meias! Sorri...

- Eu também! - também gosto de te fotografar o sorriso, sem máquina, para que dance com as cores, ao som desta música que embala o tempo!

Gosto da poesia no som da tua voz, gostei de te ouvir dizer que me tinhas feito um poema, surpreendi-me, não gostas de escrever! Fiquei curiosa, sou curiosa! E a minha curiosidade sai-te dos bolsos em melodias de espanta-espiritos de chaves e moedas ... e um flash de há muito tempo, andas comigo no bolso! Eu guardo-te em local mais recatado ... no amarfanhado do papel que desembrulhas, porque te INSPIRO!

Encosto o meu ouvido ao teu peito, para te sentir pulsar de ânsia enquanto me perguntas se gostei...

Se gostei!!!

- Podias dizer aquele poema ... o que me saiu dos dedos e num bramir suave te pousou nos olhos!